sexta-feira, 20 de setembro de 2013

SEMINÁRIO DE ESTUDOS SOBRE POLÍCIA, CRIME E JUSTIÇA CRIMINAL

O objetivo deste seminário é reunir e aprofundar leituras e discussões sobre questões relativas ao crime e à Justiça criminal (polícia, leis e judiciário criminal, prisão). Trata-se de um seminário informal, com encontros uma vez por mês, sediado na UFRGS, direcionado aos estudantes de graduação e pós-graduação dessa instituição e também aberto à participação de interessados nos temas em discussão. Inicialmente nosso foco é a instituição policial, sua história, problemas de estudo e interpretações. Outros temas dentro do campo do Crime e Justiça criminal poderão surgir dependendo dos interesses dos participantes.

Coordenação: Prof. Drª. Cláudia Mauch, Departamento de História, UFRGS 

Reuniões uma vez por mês, sextas-feiras à tarde, das 14h30min às 17h30min
Local: Sala Multimeios do IFCH (prédio 43322, sala 203), Campus do Vale, UFRGS
Calendário:  27/09, 18/10, 22/11 e 13/12/2013

Mais informações pelo email seminariopoliciaecrime.ufrgs@gmail.com

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Caros colegas de GT de história do crime, da justiça e da polícia.

Estamos em processo de rearticulação do GT de história do crime, da polícia e da justiça criminal. Entre 2009 e 2011, organizamos uma série de encontros, que objetivaram discutir alguns textos teóricos, trocar experiências de pesquisa e discutir com alguns pesquisadores que tratam do tema em âmbito nacional (profº Bretas e profº Luis Souza). Conseguimos também, na ANPUH de Santa Maria, em 2010, organizarmos um simpósio específico sobre o tema.

A ideia de rearticulação do GT vem no sentido de darmos um passo adiante. Gostaríamos de institucionalizar o grupo via “plataforma CNPq” e desenvolvermos algumas atividades de formação com fontes da polícia e do judiciário, voltado para o público da graduação. Se tudo der certo, a retomada prevê a organização de um evento sobre o tema em breve.

As fontes da polícia e da justiça são importantes para o estudo das chamadas “classes perigosas”, sejam elas ESCRAVOS, LIBERTOS ou LIVRES. Nesse sentido, o convite é especial para os historiadores que se debruçam sobre o tema da escravidão e da formação do mercado de trabalho “livre”. A participação nesse debate, portanto, é complementar a de outros GT´s.

Tendo em vista a dificuldade de todos estarem presentes presencialmente, estaremos disponibilizando um canal de participação on-line. Interessados, por favor entrar em contato via e-mail.
gthcrime@gmail.com

QUANDO? 28/06 às 14:30.
ONDE? Biblioteca da PUCRS (perguntar sala na portaria).

terça-feira, 5 de julho de 2011

Encontro com o profº. Luís Antônio Francisco de Souza

O GT História do Crime e da Justiça Criminal da ANPUH­RS, tem o prazer de convidar a todos para um diálogo com o professor Luís Antônio Francisco de Souza da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita.

Assunto: “Novas tendências da historiografia do Crime e da Justiça Criminal
e o diálogo entre História e Sociologia”

Local: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da UFRGS
Campus do Vale -­ Sala 206 (PPG-HISTÓRIA UFRGS)
[ao lado do Pantheon]
Data: 7 de julho (quinta-feira)

Horário: 11h

domingo, 12 de junho de 2011

O papel dos delegados na gerência social


O debate do nosso último encontro teve como tema central “O papel dos delegados na gerência social”. Os recortes temporais apresentados nos textos sugeridos para discussão foram os anos finais do Império e, no caso de Monsma, também os anos iniciais da República. Foi possível perceber nos três textos a ênfase no caráter político e não-profissional desse cargo ao longo do período avaliado. Monsma destaca a posição de mediação, exercida pelos Delegados, entre o governo e as elites locais. Al-Alam, através do inventário do Delegado Prudêncio, mostra que esse agente possuía propriedades e praticava investimentos em melhorias urbanas. A condição descrita acima coloca algumas questões para o historiador: Quais eram as vantagens de ocupar um cargo desse tipo? Quando ocorreu a profissionalização dessa posição burocrática? Para Souza, “o poder e o prestígio relacionados à ocupação de um cargo público eram complementados com o amplo círculo de discricionalidade relativo ao seu exercício”. Essa discricionalidade permitia o recurso a medidas não-legais para solução de conflitos. A segunda questão proposta ainda está aberta, pois a profissionalização da polícia é tema para futuros estudos. Foi recordado também, na ocasião do encontro, que apesar dos diferentes enfoques adotados pelos autores discutidos, todos eles utilizaram como fontes as correspondências entre as autoridades policiais e os seus superiores. Essa parece ser, portanto, uma fonte com potencialidades para estudos que tratam da temática do encontro.

Os textos discutidos foram os seguintes:

AL-ALAM, Caiuá Cardoso. Os ofícios do Delegado Prudêncio José da Silva: prática policial em 1870. X Encontro Estadual de História - O Brasil no Sul: cruzando fronteiras entre o regional e o nacional. Santa Maria - RS, 2010. Anais. 01-14 p.

SOUZA, Luis Antônio Francisco de. Delegados de polícia e a gestão cotidiana da violência em São Paulo, final do século XIX. Revista Brasileira de Ciências Criminais. v.s/v, n.83, p.01-25, 2010.

MONSMA, Karl. Os delegados e os grupos “perigosos”  no interior paulista, 1880-1900: representações de escravos, libertos, portugueses e italianos na correspondência policial. In: BOHOSLAVSKY, Ernesto; CAIMARI, Lila; SCHETTINI, Cristiana (org). La policía en perspectiva histórica: Argentina y Brasil (del siglo XIX a la actualidad). Buenos Aires: Udesa (Cd-rom), 2009, p.01-33.

Para conseguir uma cópia PDF desses artigos e dar sua opinião sobre o tema, basta entrar em contato conosco a partir do email: gthcrime@gmail.com

terça-feira, 19 de abril de 2011

O papel dos Delegados na gerência social (14/05)


Está marcado para o dia 14/05 (sábado) às 14h na Sala da Anpuh (Rua Caldas Júnior, 20/24) a próxima reunião do GT de História do Crime e da Justiça Criminal. O tema que será debatido foi definido no último encontro: “O papel dos Delegados de Polícia na gerência social”. A proposta é discutir alguns textos e, principalmente, trazermos as experiências de pesquisa sobre essa autoridade que atravessa os séculos.

Os textos sugeridos para debate serão os seguintes:

AL-ALAM, Caiuá Cardoso. Os ofícios do Delegado Prudêncio José da Silva: prática policial em 1870. X Encontro Estadual de História - O Brasil no Sul: cruzando fronteiras entre o regional e o nacional. Santa Maria - RS, 2010. Anais. 01-14 p.

SOUZA, Luis Antônio Francisco de. Delegados de polícia e a gestão cotidiana da violência em São Paulo, final do século XIX. Revista Brasileira de Ciências Criminais. v.s/v, n.83, p.01-25, 2010.

MONSMA, Karl. Os delegados e os grupos “perigosos”  no interior paulista, 1880-1900: representações de escravos, libertos, portugueses e italianos na correspondência policial. In: BOHOSLAVSKY, Ernesto; CAIMARI, Lila; SCHETTINI, Cristiana (org). La policía en perspectiva histórica: Argentina y Brasil (del siglo XIX a la actualidad). Buenos Aires: Udesa (Cd-rom), 2009, p.01-33.

Para participar basta entrar em contato conosco a partir do email:
gthcrime@gmail.com

Os textos estão disponíveis, em formato PDF, para todos que manifestarem interesse em participar do encontro.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Reunião administrativa GT 2011

Reunião administrativa
Quinta-feira, dia 10 de fevereiro, às 18 horas na Sala da ANPUH (Rua Caldas Júnior, 20 - Sala 24 - Centro - Porto Alegre) .
PAUTA: planejamento das atividades do GT para o ano de 2011.
Sua presença é muito importante.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Simpósio Nacional de História 2011

Simpósio Nacional de História 2011

http://www.snh2011.anpuh.org/


Participe do simpósio temático História do Crime, da Polícia e da Justiça Criminal!!

Inscrições até 21 de março de 2011.



Valores:

SÓCIO APRESENTADOR DE TRABALHO EM SIMPÓSIO TEMÁTICO R$ 90,00
NÃO-SÓCIO APRESENTADOR DE TRABALHO EM SIMPÓSIO TEMÁTICO R$ 220,00


Nº 062. História do crime, da polícia e da justiça criminal

Coordenadores: ANDRE ROSEMBERG (Pós Doutor(a) - Unesp), DEIVY FERREIRA CARNEIRO (Pós Doutor(a) - Universidade Federal de Uberlândia)
Resumo: Nos anos 1980, os historiadores passaram a se utilizar mais sistematicamente das fontes criminais e policiais. Primeiro buscando temáticas externas às suas condições de produção, depois tentando cada vez mais compreender a produção destas fontes, as instituições que a produzem e o lugar da violência e do crime na sociedade. O projeto deste simpósio é congregar os historiadores que trabalham sobre temas e fontes da violência, do crime, da policia e da justiça criminal, criando a oportunidade para debater metodologias de pesquisa e resultados obtidos.
Das investigações sobre as fontes nos anos oitenta, os historiadores passam a trabalhar diversos temas que dão dinâmica ao campo. Influenciados também por análises e metodologias internacionais, investigam situações que podem ser agrupadas nessas linhas principais:

1) O crime e os criminosos. Variações ao longo do tempo – ou região – surgimento de novos tipos e estudo daqueles que foram historicamente identificados como autores destes crimes, tanto enquanto grupos sociais como individualmente;
2) As instituições públicas que tratam do crime, o surgimento e o funcionamento de aparatos legais, judiciários, policiais e prisionais enquanto forma de lidar com o crime. Pode ser tratado do ponto de vista da história do direito e das normas legais sobre o estabelecimento de instituições, ou então enquanto uma história social destas instituições, seus modos de funcionar e as ações daqueles que participam delas;
3) A polícia e às ações repressivas diretas, ponto derivado do anterior, mas com uma produção específica destacada no campo;
4) As representações sociais a respeito do criminal, notadamente a imprensa, mas igualmente a literatura. Como a opinião pública, as memórias e outras formas de acessar o público procuram construir narrativas que dão sentido ao crime e produzem determinadas imagens daqueles que os cometem.
5) Formas históricas de punição e a problemática do nascimento da prisão e das penas, que forma conexão com o debate sobre as penas alternativas Justificativa: A temática do crime e da justiça criminal já se encontra bastante consolidada no campo acadêmico internacional, com a publicação de revistas especializadas como Crime, History & Society e a aglutinação daqueles pesquisadores no grupo de trabalho CRIMINAL JUSTICE na European Social Science History Conference, mas ainda começa a se desenvolver no Brasil. Os estudos sobre criminalidade, polícia, justiça e prisão começam a aparecer na forma de dissertações e teses, que vão aos poucos sendo publicadas. Autores significativos como E. P. Thompson, Michel Foucault ou Norbert Elias são objeto de grandes discussões e têm papel marcante neste campo, se vai da mensuração da violência como forma de perceber a introjeção dos valores a mecanismos de contenção e resposta estabelecidos no quadro do Estado moderno. O processo de expansão do estado e da cidadania no Brasil também coloca questões sobre os usos da violência legítima, os embates e resistências ao controle público e as mais diversas formas de representar culturalmente esta presença da violência no social.
Um espaço de discussão no Simpósio da ANPUH que permita congregar pesquisadores de todo o Brasil interessados nestes temas permitiria a consolidação de uma área de pesquisa em História Social com penetrações da cultura, levando à constituição de uma circulação acadêmica promissora. Pretende-se, com isso, criar uma regularidade nos debates sobre tal temáticas, que já vêm se consolidando nos últimos dois encontros nacionais da ANPUH.

Bibliografia: CHEVALIER, Louis. (1984) Classes laborieuses et classes dangereuses à Paris, pendant la première moitié du XIXe. siècle. Paris : Hachette.
CORBIN, Alain. (1991) Le temps, le désir et l’ horreur. Essais sur le XIXe. Paris: Flammarion.
DARMON, Pierre. (1991) Médicos e assassinos na Belle Époque: a medicalização do crime. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
DUPRAT, Catherine. (1987) “Punir e curar – em 1819, a prisão dos filantropos”, in: REVISTA BRASILEIRA DE HISTÓRIA: Instituições. São Paulo, vol. 7, n. 14.
FARCY, Jean-Claude. “Justice, Paysanneirie et etat en France au XIXe Siecle”, in: ROUSSEAUX, Xavier e LEVY, René (orgs). (1997) Le Penal Dans tous ses Etats: Justice, Etats et Sociétés en Europe (XIIe-XXe siècles). Bruxelles: Facultés universitaires Saint-Louis, pp. 191-207.
FARGE, Arlette.(1992) Vivre dans la rue à Paris au XVIIIe siècle. Paris : Gallimard.
FOUCAULT, Michel. (1987) Vigiar e punir. 9a ed., Petrópolis: Vozes.
KALIFA, Dominique. L’encre et le sang. Récits de crimes et société à la Belle Époque. (1995) Paris : Fayard.
LÉVY, René. 1996. “Crime, the Judicial System, and Punishment in Modern France”, in: ENISLEY, Clive e KNAFLA, Louis A. Crime History and histories of crime: studies in historiography of crime and criminal justice in Modern History. Westport: Greenwood Press.
LINEBAUGH, Peter. (1983) “Crime e Industrialização”, in: PINHEIRO, Paulo Sérgio. Crime, violência e poder. São Paulo, Brasiliense.
MALERBA, Jurandir. (1994) Os brancos da lei. Maringá: EDUEM.
PERROT, Michelle.(1992) “Delinqüência e sistema penitenciário na França no século XIX”, in: PERROT, Michelle. Os excluídos da História. 2a. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, pp. 235-273.
ELIAS, Norbert. (2000) Os estabelecidos e os outsiders. Sociologia das relações de poder de uma pequena comunidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.
FARGE, Arlette. (1989) Le goût de l’archive. Paris : Seuil.
THOMPSON, Edward P. (1998) Costumes em comum. São Paulo: Cia das Letras

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